quinta-feira, julho 28, 2005
Pedaços...
entretanto... até à próxima!
Fora d'horas
Artistisses
Tan lindo! Uma beleza, não está?
terça-feira, julho 26, 2005
O novo Fenómeno.
segunda-feira, julho 25, 2005
Óia p' ó meu biguinho!!
Consultando os compêndios dos meus ascendentes familiares, consta-se que enquanto criança se desenvolveu na minha familia o hábito humorístico (vá-se lá entender estas práticas circenses que se impõem às crianças...) de me perguntarem e me incitarem à exibição do meu umbigo... Logo começava o meio kilo (eu), a deambular perante uma plateia em júbilo o meu dito, de tal forma que esta prática se tornou tão corrente na minha existência que chegou a um ponto em que pelos vistos eu nem esperava q me incitassem ao espectáculo, em toda e qualquer situação ou lugar lá levantava eu a roupa e iniciava o meu ritual daquilo que na minha cabeçita deveria ser o meu momento "star quality", apontava para o dito, e pronunciava qualquer coisa do tipo Óia p'ó meu biguinho!!! Óia!!!!!!!!!! e as pessoas la tinham que olhar e fazer uma festa (correndo o risco de desatar num berreiro tal que não havia timpano que resistisse).
Pois meus caros e dignissimos leitores, anos passados destes tão célebres desfiles, e não é que tenho dias em que sinto uma necessidade enorme de me dedicar por inteiro ao meu umbigo, só que agora o espirito não é o de outrora de divertir um certo e determinado público, agora a viragem para o meu umbigo (além de figurativo) tem um carácter puramente egoista...
É mesmo naqueles dias em que estou: me, myself and I, em que me quero mimar, em que dedico tempo a mim, ao meu bem estar... inspiro e respiro conforme eu quero... E desgraçado daquele que tente arruinar esses dias! Fica o aviso!!!
N.B. Imagem retirada da net
entretanto...até à próxima!
sexta-feira, julho 22, 2005
A importânia de se chamar Audrey
quinta-feira, julho 21, 2005
Encontrei... adorei... partilhei...
Todos os meus amigos escrevem. Excelente. Todos os meus amigos gostam de escrever. Formidável. Eu próprio não desgosto de escrever, embora já não o faça. Escrever é bom. Escrever as palavras. Escrever as coisas. Escrever o mundo. O mundo dentro de nós. E o mundo fora de nós. Todos os meus amigos escrevem. Todos os meus amigos são escritores. Todos os meus amigos fazem livros.
E o pior é que não são só os meus amigos. As outras pessoas também. Os meus vizinhos escrevem - poemas. O senhor que entregava as cartas também escreve - livros de viagens, acho. A empregada do café escreve romances policiais, o funcionário do banco escreve novelas de amor, o dono da mercearia escreve - romances históricos. A minha mãe escreve ficção científica, os meus irmãos escrevem banda desenhada, até os nossos primos mais afastados escrevem - acho que best-sellers, mas não tenho a certeza, podem ser apenas ensaios de hermenêutica neo-visigótica.
Só o meu pai não escreve, porque já morreu. Se estivesse vivo escrevia de certeza, e até sei o quê - novelas picarescas. No hospital, todos os doentes escrevem e os médicos que lhes prescrevem as receitas também escrevem. Da literatura inclusa à literatura médica, nem mesmos os enfermeiros, os maqueiros, os polícias de piquete ou os funcionários do balcão de atendimento deixam de escrever.
Esta situação é preocupante. O governo já anunciou que irá tomar medidas. Não é de excluir, admitiu o porta-voz do governo, que seja declarado o estado de emergência. O porta-voz do governo já não fala - ele próprio foi atingido pela doença. Eu por acaso li o que escreveu, mas não sei se ele estava a falar a sério - a escrever a sério - ou se era apenas mais um capítulo da sua nova (e interessantíssima) ficção política. Aliás, devo ter sido o único que o leu ou, vá lá, um dos poucos. Porque deve haver mais como eu, quero dizer, tenho de partir desse princípio, não? Convém não confundir o facto de não conhecer mais ninguém como eu com a assunção, quiçá precipitada, de não haver mais ninguém como eu.
A doença é altamente contagiante. Faz o Ebola parecer um vírus de brinquedo, tal a velocidade a que se reproduz e transmite. O período de incubação dura entre três a seis horas, findo o qual a vítima, até então uma pessoa normal, se torna abruptamente num escritor. Os hospitais estão a rebentar pelas costuras, a abarrotar de gente obcecada pela sua dose de papel e caneta. E cada vez têm de escrever mais, de aumentar a dose, porque cada vez têm mais e mais ideias, mais e mais amor à literatura, às belas palavras, à poesia secreta que se esconde por trás das belas palavras - mesmo das feias, dizem os casos terminais.
Os cientistas ainda não conseguiram isolar o vírus, ou encontrar um antídoto, ou mesmo simplesmente identificar a origem da doença, ou explicar-lhe a natureza, porque… pois, isso mesmo, estão todos ocupados a escrever. Há pessoas que já definharam e se consumiram por inanição. Nada de espantar, é até bastante lógico, embora escabroso: escrevem, não comem, morrem.
Acidentes ocorrem em massa. Os despistes são mais que muitos. Por toda a cidade se ouvem explosões. Os taxistas vão muito bem a meter a terceira, lembram-se de uma frase, põem-se a escrever, largam o volante e… É terrível.
Até as crianças se põem a escrever. As que ainda não sabem o alfabeto inventam um, ou garatujam bonecos simbólicos, e inventam histórias, histórias, histórias. Bebés de um ano, que digo?, de meses, pegam numa caneta, num lápis, e mexem as mãozitas fechadas para a frente e para trás, com uma habilidade inaudita. Claro que acabam por rasgar o papel e rabiscar o chão todo para além das esparsas fronteiras da folha branca, mas não se importam com isso, continuam sem parar a escrever os símbolos do mundo. E os pais também não ligam, porque eles próprios estão ocupados a escrever, e o que é um chão todo rabiscado em comparação com um brilhante conto infantil onde uma princesa ajuda um cavaleiro a não se perder na floresta negra onde vai combater um dragão maligno com a simples dádiva de um dos seus belos cabelos louros? Hum?
Nunca se viu nada assim. A situação é grave, toma proporções calamitosas e não há sinais de se vir a atenuar. Gostaria de o dizer de outra maneira, mas não há outra maneira de o dizer: o mundo corre o risco de sucumbir ao peso de tantos romances, contos, ensaios, novelas, poemas. Os poemas, esses então, são mais que as mães. Odes, elegias, éclogas, adágios, quadras, redondilhas, dísticos, ditirambos, alexandrinos, pastorais, quintanilhas, décimas, duodécimas, litotes, sonetos, sonetinos, sonatinas.
Não estou a ser alarmista. A Terra já saiu ligeiramente da órbita. E o número de escritores e poetas não pára de aumentar de dia para dia. E o número de palavras escritas. E de frases inovadoras: curtas, longas, frases de uma só palavra ("Ele. Disse. Para. Ela."), frases sem vírgulas durante duzentas páginas ("Não vale a pena dar aqui um exemplo teria de ocupar duzentas páginas mas esta pequena amostra talvez já sirva para dar uma ideia ou então o melhor ainda é pelo menos gastar mais meia linha com esta frase idiota de modo a que a ideia que estava a tentar ser dada seja mais clara e convincente e acho que agora já chega o exemplo já está dado acho"), torniquetes e arrebiotes de sintaxe que uma pessoa não julgaria possíveis ou razoáveis.
Uma pessoa pergunta-se sempre: "Que mais irão eles inventar?". Ou "Será que ainda há algo para inventar?" Pelo menos era o que me perguntava antes - antes da epidemia. Pois se há coisa que a doença veio provar é que as possibilidades de invenção - e as capacidades humanas de inventar - são inesgotáveis. É triste, mas é a dura realidade: a imaginação humana está em contínua expansão, como o universo. A imaginação humana é como um buraco negro, tudo consome, tudo devora. E a humanidade corre o risco de se extinguir por causa disso. Por excesso de imaginação, por excesso de talento, por excesso de criatividade.
Com franqueza, há um limite para tanta produção artística e cultural. Ou devia haver, porque, pelos vistos, não há.
Ainda por cima de qualidade. Sim, porque, quem sou eu para o negar?, as pessoas não só escrevem como ainda por cima o que escrevem é bom, é interessante, é válido, merece ser lido, tem estilo pessoal, vem ocupar um espaço no espaço da literatura que estava por ocupar porque não sabia, antes de ser ocupado, que esse espaço existia e era ocupável. Cada pessoa cria o seu nicho com a mesma avidez e a mesma precisão milimétrica com que a andorinha constrói o seu ninho. E, se é certo que uma andorinha não faz a primavera nem um escritor chega para fazer a literatura, muitas andorinhas juntas, milhares, milhões, biliões de andorinhas juntas chegam e sobram para fazer à vontade uma caterva inteira de primaveras: sobretudo daquelas que trazem como brinde gratuito uma senhora porção de verões, outonos e, claro, invernos. Esse é que é o busílis.
E esse é também o génio do vírus. Põe as pessoas a escrever - e a escrever bem. Se lhes desse a vontade, mas não o talento, ainda era como o outro. Um médico que descobre, ao fim de centenas de páginas, que se limitou a parodiar Fernando Namora, pode ainda voltar a exercer medicina, a fazer aquilo para que tem realmente jeito. Uma advogada que se dê conta de que nem todas podemos ser Agatha Christie ainda pode ser útil aos seus clientes. Mas que fazer com um obstetra que faz páginas belíssimas? E com uma causídica que nos faz ficar na dúvida sobre quem é o criminoso até ao derradeiro parágrafo? Hum? É triste. É trágico. É insuportável. Histórias bem arquitectadas, com indiscutível mestria, personagens credíveis, textos que compreendem a essência da coisa literária: que não é nas palavras, mas para além das palavras, que se encontra a beleza do texto.
*
A princípio até houve uma euforia colectiva, os jornais falavam de um "novo nascimento", os críticos de um "momento ímpar" da nossa literatura, os poderes públicos da pujança de uma "nova geração de criadores". Só depois começaram os pequenos indícios de que poderia haver algo de errado neste surto de talento, mas ninguém conseguiu - ou quis - ver o que estava a acontecer. E, verdade seja dita, por essa altura também já muita gente estava contaminada e começara a escrever, primeiro com alguma hesitação e sentido de responsabilidade, depois cada vez mais furiosamente - até ao romance final.
Agora?Agora o mundo é um lugar lúgubre, são tempos enegrecidos, estes. E o pior é quando chegar o inverno. No verão ninguém dá por falta das formigas, apenas das cigarras. Mas quando chega o inverno… Os mercados estão vazios, a distribuição de pão e outros alimentos básicos não é feita, o próprio pão não é feito. As lojas estão vazias, abertas, escancaradas para a rua, mas vazias. Sem ninguém a guardá-las, sem ninguém nas caixas, sem ninguém para acender ou apagar as luzes. Nos hipermercados, uma pessoa pode levar para casa tudo o que quiser nos carrinhos metálicos. Mas, se não tiver uma moeda, não pode levar nem um carrinho porque não há onde trocar a moeda.
Há, claro, coisa boas. As televisões deixaram de funcionar. Acabaram-se as telenovelas, as "novelas da vida real", e a ironia é que se acabaram precisamente na altura em que se multiplicou por mil o número de autores de telenovelas. Só que já não há ninguém para as filmar: actores, operadores de câmara, maquilhadoras, realizadores, produtoras, assistentes de realização, equipas de luminotecnia, guarda-roupa, pós-produção e montagem, estão todos cada um para seu lado a escrever o livro das suas vidas. Também, seria preciso dizê-lo?, já não há boletim meteorológico. Receio que aconteça o pior se os barcos forem para o mar sem saber que mau tempo os espera. Mas imediatamente me dou conta da parvoíce que acabo de dizer. Já não há niguém para se fazer ao mar, os pescadores abandonaram as redes, os arpões, os convés, os iscos, e estão todos de papel e caneta a descrever relatos de naufrágios, aventuras com peixes de nome impronunciáveis, palimpsestos de Moby Dick, versões melhoradas e adaptadas aos tempos modernos da noveleta de Hemingway, O Velho e o Mar.
Há bocado disse que eu devia ser o único a ter lido o último comunicado do governo. Depois corrigi e disse que não, talvez não seja o único. Talvez não seja, de facto, mas até agora não sei onde estarão os outros, esses outros que ainda não foram atingidos por esta loucura colectiva, nem se serão como eu ou se terão eles mesmos sofrido alguma mutação. Não sei por que motivo fiquei imune ao vírus. Terá a ver com o meu AND, o meu código genético, com o meu tipo de sangue, com a insuficiência (ou o excesso) de melanina nos meus poros? Faltam-me os conhecimentos científicos para o poder dizer sem correr o risco, impróprio sobretudo nesta ocasião, de cair na ficção científica ou no delirio fantasista disfarçado de saber objectivado.
Se não sou a única pessoa no mundo que, neste momento, neste talvez derradeiro momento da humanidade, lê o que os outros escrevem, onde estão os meus camaradas de armas? Será possível reunirmo-nos e criar um bastião de resistência, uma organização underground que lute contra a epidemia e, através do estudo, da leitura, da experimentação teórico-prática, encontre uma solução para devolver a saúde aos homens e pôr de novo o mundo a funcionar? Não sei. Confesso que não tenho muita esperança.
Eu sou um leitor. Sei o que sou: leio o que outros escrevem. Faço-o até compulsivamente. De manhã, ao pequeno-almoço, mesmo que não tenha um jornal pela frente, as páginas com a tinta ainda fresca aflorando a chávena de café, os meus olhos percorrem instintivamente a mesa, à procura de palavras, letras, frases para ler: "Corn Flakes", "rico em vitaminas e minerais", "Loja 18 - Rua Camilo Castelo Branco, 15-A", "Planta - margarina vegetal, 250 gramas"… Depois, à medida que o dia avança, vou lendo tudo: todos os jornais, todos os anúncios, todos os números de todas as portas, todos os nomes de todos os médicos na placa da policlínica que fica na rua pela qual perpasso todos os dias. Leio todos os romances que me passam pela frente, leio todos os ensaios que consigo ler, todos os poemas que me passam para a mão quando, à hora do almoço, vou comer um mini-prato ao balcão da pastelaria do bairro onde fica o meu emprego, no qual tenho por função ler todos os documentos que colocam em cima da minha secretária para esse mesmo devido efeito, que é eu lê-los.
É verdade, não sei por que milagre fiquei imune ao vírus. E o engraçado é que nem sempre fui assim. Em jovem, eu próprio tentei escrever. Pode-se lá viver sem ter tentado escrever! Embora nessa altura, devo dizê-lo, houvesse muito menos gente a escrever. Eram outros tempos, havia muito analfabetismo, era uma vida de trabalho. Depois, descobri que preferia ler. Mas antes, confesso, eu próprio tinha a mania de escrever. Nada especial, acho: uns poemetos, um ou outro conto, dois ou três esboços de diálogos para teatro. Mas não vale a pena escondê-lo, eu tinha a mania de que sabia escrever.
Talvez por isso eu tenha ficado imune, se calhar o meu pecadilho de juventude - queria ser escritor! - funcionou como vacina. Isso protegeu-me, até à data, admito, mas não sei até que ponto isto é uma bênção ou uma maldição. Sou um leitor num mundo de escritores, e isso faz-me sentir muito sozinho. Porque todos escrevem - mas ninguém lê o que os outros escrevem. Ninguém senão eu. Não têm tempo. Estão tão absortos a contar a sua história, a conceber o seu monumento de imaginação e arte, que não têm tempo para ler. Nem é uma questão de ter tempo, é que, simplesmente, já não conseguem. Não conseguem ler. E, qualquer dia, já não sabem ler. As línguas assim vão acabar, ainda antes mesmo do mundo, porque cada um vai cada vez mais e mais escrever na sua própria língua, no seu código muito pessoal, esquecendo-se de que a comunicação tem dois sentidos e que, para se ser compreendido, é preciso partilhar os elementos para essa compreensão. Não lêem. Só escrevem. Morrem. Tal é a potência, a perversão demente do vírus.
*
E você? Não sei se existe, caro/a colega de sobrevivência neste mundo em colapso. Se ler isto, é porque ainda existe, e então fica a saber que, algures no planeta, talvez mesmo na sua cidade, há alguém que partilha os seus medos, angústias, mas também as suas esperanças. E talvez possamos encontrar-nos, era mesmo bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto, para unir esforços, e procurar outros como nós: leitores imunes ao bicho da escrita. Bem sei que a sua primeira reacção talvez seja pensar: "Este tipo está a tentar enrolar-me. Ele próprio é um escritor, não um leitor de verdade. Ele próprio foi contaminado e está a tentar fazer-me crer que não, provavelmente com algum fim pouco honesto."
Está no seu inteiro direito de pensar isso, eu também o pensaria se me aparecesse pela frente uma história assim. Nós não somos desconfiados por natureza, mas por cultura - e nunca ninguém perdeu em desconfiar do vizinho. Razão tinha Kissinger, quando dizia que até os paranóicos têm inimigos. Peço-lhe apenas o benefício da dúvida. Peço-lhe? Imploro-lhe. Aqui onde me vê, estou de joelhos, implorando-lhe que acredite em mim. Isto não é uma história, isto não é ficção. Estou apenas, genuinamente, a tentar estabelecer contacto com alguém que exista do outro lado da página.
Estou a estender-lhe a mão. Por favor, considere a possibilidade de me estender a sua.
Só mais uma palavra. Não escreva a responder. Bem sei que se calhar está imune, mas nunca se sabe. Apareça, apenas. Eu saberei reconhecê-lo/a, e você também me reconhecerá com facilidade. Seremos os únicos - na praça, no jardim, na rua, no café, onde quer que nos encontremos - sentados pacatamente, com um sorriso nos lábios e um livro, aberto, na mão.
© Rui Zink 2001
quarta-feira, julho 20, 2005
O meu, nosso, vosso... tempo.
O conceito com o qual todos temos uma relação extremamente promíscua, senão analisem comigo.... Analisem!!!!!
Cheguem-se aqui! Tomem atenção!! Que quando falo de promiscuidades gosto de cumplicidade e envolvência! Estamos acostumados a dizer e ouvir dizer que o tempo é aquilo que se faz com ele... E meus caros e dignissimos leitores, no que diz respeito a fazer com ele, não há nada que a gente Não faça sem o respectivo...
Nós afinal de contas:
"prevemos" tempo;
"matamos" tempo;
"passamos" tempo;
"ignoramos" tempo;
"disfrutamos" tempo;
"arranjamos" tempo;
"temos" tempo;
"falta-nos" tempo;
"contamos" tempo;
"medimos" tempo;
"marcamos" tempo;
UFA!!!! Que canseira...
Irrrraaaaaaaaa para o tempo!!!
O certo é que ele está aqui e dele, nunca mas nunca nos podemos safar...
Espero não vos ter feito perder tempo. O meu dei-o por bem passado!
segunda-feira, julho 18, 2005
Pelos simples objectos.
Pronto já que recebi alguns feedbacks de que: ah e tal o teu blog parece uma viagem ao interminável mundo do National Geographic, virei costas aos seres vivos, por hoje, e dediquei a minha atenção aos objectos! A dois em particular que eu na minha modesta ignorância, durante muitos anos nem tão pouco sabia que eram distintos entre si....
Até que, fui confrontada com a grande questão, numa simples banquinha de feira de Artesanato,: Menina vai querer levar um Pião ou uma Piasca? E eu com o meu magnânimo conhecimento acerca de todos os jogos tradicionais e tipicos deste nosso rico cantinho a beira mar plantado, olhei para as baçias mesmo a minha frente agarrei naquilo que para mim era uma pião nada mais que um pião com a respectiva guita e disse (com aquele ar que me caracteriza, como quem transporta toda a verdade do mundo): Levo aqui este pião!!!! E nesse mesmo momento recebi um olhar do artesão (com aquele pensamento de: Ai valha-me Deus, estas Meninas da cidade...): Menina isso é uma piasca, os piões estão na baçia ao lado, não ve a diferença?!?!?!?!!?
Mas o que é facto é que eu não via, ou melhor nunca tinha visto... Sabia lá eu que no mundo pioano havia sexismos, piões e piascas, para as meninas e para os meninos, uns que se atiram de cima outros para a frente??????? É claro que eu não sabia!!!! Eu sabia que em criança jogava ao pião, agora se era macho ou fêmea não fazia a mais pálida ideia... Mas pelos vistos isto é uma verdade universal (eu só espero que haja alguém que vai ler isto que tambem não saiba, assim não me vou sentir isolada e vou dar este post como bem empregue!!! A esse alguem, o meu de nada, agradecida estou eu...
Deixo abaixo as explicações formais com as respectivas imagens comprovativas.
O dito Pião:
A dita Piasca:
Estiveram atentos ao formato da ponta? Pelos vistos aí reside o cerne da questão!!!
Jogo do pião
No início do jogo envolve-se o pião, a partir do bico, com um fio apertado cuja ponta superior se mantém solta, de modo a envolver o polegar e o dedo médio, e se conserva fechada na palma da mão semifechada. Em alguns casos desenha-se um círculo que demarca a área do jogo sobre a qual são lançados os piões e de onde se tenta expulsar o pião do adversário. Em outras circunstâncias, joga-se sem qualquer demarcação. Aí, procura-se apenas atingir, partir e afastar o pião oponente.
Jogo da piasca
Jogo de raparigas, hoje desaparecido, equivalente ao jogo do pião usado pelos rapazes. Supõe uma técnica de lançamento diferente.
entretanto... até à próxima!
domingo, julho 17, 2005
Mais uma homenagem...
Os meus dignissos leitores irão certamente pensar que ando muito zoológica mas o que é certo é que quanto mais conheço as pessoas mais valor dou aos animais.
Hoje debrucei-me sobre o nosso tão conhecido, desconhecido BURRO: este animal, que tal como a sua fémea, se caracterizam por serem híbridos, ou seja, resultantes do cruzamento entre animais com número de cromossomos diferentes, o jumento e a égua, por isso, estéreis, (logo para começar, devo dizer que este fardo já não é fácil de carregar ao longo da vida), no entanto apraz-me dizer que a designação de burro a esta espécie não é de todo bem aplicada, senão vejamos:
- Apesar de teimosos, os BURROS são muito inteligentes, demonstrando boa memória, o que para um bom tratador facilita o manejo da criação;
- Os BURROS demonstram grande sensibilidade da audição, assimilando com facilidade e rapidez os comandos vocais no processo da doma de sela e nos serviços de atrelagem;
- O tato é outro sentido muito desenvolvido nos BURROS, principalmente através dos cascos. É raro um BURRO pisar em terreno desconhecido;
- Alguns BURROS que durante o dia marcham com orelhas em descanso, à noite estas levantam-se, adquirindo firmeza e mobilidade, indicando maior atenção do animal, ao pisar sobre o que seus olhos não conseguem ver;
- Os BURROS são imbativeis na eficiência com que caminham ao longo de trilhas estreitas, sinuosas, pedregosas, acidentadas e íngremes em regiões montanhosas;
- É impressionante a firmeza, destreza e força destes animais;
- Nas cavalgadas, a regularidade e a resistência dos BURROS é inacreditável;
Como devem concordar comigo, o BURRO não tem nada de BURRO, só mesmo o nome.
E digo mais muitos bons burros daqueles que nós bem conhecemos e que há muitos por aí, deviam sentir-se lisonjeados por serem conotados por tão mui nobre animal... e de agora em diante quando estiver prestes a chamar burro a alguém vou pensar seriamente se não estarei a ofender... o animal!!!
entretanto... até à próxima!
sexta-feira, julho 15, 2005
Uiiiiiii!!! que feia!....mas tão simpática!
Se vocês soubessem a quantidade de vezes que me lembro deste animal, e que inveja que eu sinto dela.... como há dias em que eu gostava de passar o tempo a 3 velocidades, lento, devagar e parada... Foi esta a minha homenagem á preguiça!
entretanto... até à próxima!
quarta-feira, julho 13, 2005
Ás vezes... baixo os braços...
Não gosto de pensar que reago a certas e determinadas situações de uma forma cobarde, penso que muitas das vezes não me encontro com vontade para lutar e debater algo que nem sequer fui eu que provoquei ou fiz...logo baixo os braços, deixo rolar.
Mas sinceramente se há frase que já me começa a irritar ouvir e que me mexe com os timpanos é o célebre: "Isto não volta a acontecer..."
(um dia destes falo das frases que já não tolero no vocabulário português...)
entretanto...até à próxima!
terça-feira, julho 12, 2005
Porque sou um doce...
... muito bem!
Há certos assuntos que me parecem, assim como assim delicados, e como tal gosto de os tratar com a maior seriedade possivel!
Pois bem, hoje trago-vos um tema de suma importância: A FELICIDADE!!!
Meus carissimos dignissimos leitores, uma verdade que pelos vistos está provada e comprovada é que o dinheiro não trás a tão desejada FELICIDADE...
De forma que, eu, com este espírito completamente altruísta que me caracteriza tomei a iniciativa de fazer algo para vos ajudar.
Decidi aliviarvos do peso de certa forma impeditivo para que consigam alcançar a dita...
Atentem aos seguintes dados e transfiram por favor, para a minha conta os Vossos montantes monetários, conta nº: 3562894137.
!!!E SEJAM FELIZES!!!
Que eu cá me hei-de arranjar da melhor forma...
entretanto... até à próxima!
segunda-feira, julho 11, 2005
A origem do Cubo Mágico
Pois é quem não se lembra das horas passadas em volta do famoso Cubo Mágico? Eram voltas e voltas e reviravoltas... chegava a enervar!!! A primeira conquista era logo conseguir uma linha, uma linha toda da mesma cor (parecia a linha do Bingo que já tem direito a prémio...lol), mas quando conseguiamos uma face INTEIRA, sim toda uma face do cubo na mesma cor!!! Aiii isso é que era uma delicia...o sabor de batalha ganha e parte da missão cumprida... E jogar com o cubo por etapas?, parar por momentos pousar o cubo num qualquer móvel da nossa casa e rezar para que ninguem pega-se nele na nossa ausencia. pois corriamos o risco daquela simples volta, que nos ia arruinar por completo todo o esforço de horas!!!!
Havia os mais descrentes que tentavam meia duzia de vezes e perdiam o interesse, unica e simplesmente o usavam para adorno e para dizer que tinham... mas os outros os verdadeiros viciados, esses sim levavam o cubo para todo lado, as peliculas de vinil autocolante até começavam a descascar!!! (Confesso fiz parte desse grupo...)
Lembram-se? do tal Cubo que fez parte do nosso dia-a-dia, em tempos... outros tempos...
Foi um momento de saudosismo, também faz parte...
entretanto...até à próxima!
domingo, julho 10, 2005
Afinal... mais um! Porque não?
Será que vou ser uma ovelha negra nestas estradas cibernauticas???...
Sinceramente não contem com isso, tenho mau génio mas nada incontrolável!
Afinal serei só um blog entretantuus!
entretanto ... até à próxima!